domingo, 25 de julho de 2010

EstaTua

Ainda não chegaste, e eu continuo à tua espera
Já branca pálida, fraca
Sentada nesta cadeira que me agarra há dias.
Disseste que vinhas, e onde estás tu? Que te aconteceu?
Fico assustada ao pensar que tudo se perdeu.
Mas o meu cigarro já se apagou,
E o meu aspecto optimista e até um pouco arrogante
Abandonou-me aos poucos.
Estou feita em farrapos, suja, despida
À espera.
E a lua cheia já me queima,
A brisa do Verão já me arrepia
E as trevas já desceram sobre a minha cabeça.
E tu não vens.
É o silêncio a minha companhia,
Não há mais nada para além do silêncio,
Não consigo pensar
Não consigo ver-te
Nem tocar-te.
Começo a achar que já não existes,
Começo a ficar louca de desejo.
Anseio o teu beijo como anseio pela morte
És tu o meu fado, a minha sorte maldita
E eu mal te conheço,
Ou te conheço por inteiro.
Vem, se me tens algum tipo de sentimento,
Corre para mim, se me amas, sem qualquer constrangimento.
Vem e abraça-me
Cuida de mim,
Como só tu sabes fazer
Como só tu farás até ao fim.

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