sábado, 11 de julho de 2009

Ansiedade

Se abandonarmos o mundo hoje
Voltarmos costas a tudo e todos
O que restará?
 
Em segredo vivemos vidas paralelas
E vemos a nossa terrível hipocrisia
Voltar-se contras nós.
 
Ao longe ouvimos alguém
Escavando um buraco tão fundo
Para esconder o seu próprio corpo.
 
Há que camuflar almas
E fingir que nada se pode fazer para salvar nossa pele
Que pele imunda de desejos.
 
Cada vez que nos sentamos nessa cadeira
Olhando o terrível espectro lá fora
Somos pequenos, ínfimos.
 
Somos nada.
Já fomos.
Já abandonámos nossa pele imunda.
Já abandonámos nossa alma.
O que resta?
 
Nada...

1 comentário:

Anónimo disse...

Somos nada depois de mortos.
Nada fica.

Se pensarmos, nada somos.
Se pensarmos em viver, somos.
Somos enquanto vivos.

Que passa a nada depois de mortos.