
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Me Digo

quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Steadfast Peace
Once upon a time, while I was still in my early years of youth, and every rain drop was like a thrilling drop of poison to my soul, I’ve met you.
You were also young and strong in your body and beliefs, but your eyes always seem to show me some kind of desperate need.
So one morning, you’ve touched my hand, and I couldn’t leave you there.
We’ve cross the city under the storm, water in our eyes. We were crying and smiling together for our misbehave.
And I was feeling that I was saving you from monsters, like some kind of ancient heroine, but I realize that you took my hand too, you were running faster than me, maybe more determined. You saved me from the dark clouds that have been chasing me through years.
So we reach the sea, and stopped for a while in the warm sand. We lay down our bodies and touched each other so we could remember who we’ve loved.
And so our hearts came out of our chests, like octopuses they swam to the oceans of blue and deep waters to find the center of the earth and rest there in steadfast peace.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Rehab
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Rightfully
terça-feira, 19 de outubro de 2010
"Eu queria ficar para sempre, mas não posso. Desculpem."
domingo, 17 de outubro de 2010
Deep and primal yearning
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Moloko
Vivaz o corpo que agarra o corpo
E a luz que têm no encontro
Suave e lentamente eloquentes
Os poros que tocam os poros
Os cabelos que se confundem
Nos tons despidos das peles
As mãos nos braços
A força violenta com que agarram
E marcam
Para agitar o outro corpo
Na garganta seca do fumo
Solta-se uma gargalhada funda
Breve
E com olhar ríspido e desconfiado
O outro corpo pára a caça
E está atento ao que se passa lá fora
Acordado daquele quadro mecânico
Encontra outro corpo quente
Agarrando a sua presa sente
Que está desarmado
E não larga o corpo
Encosta-o contra o seu
O calor persiste
Mas trementes
Engolem em seco
O medo
Corpo com corpo defendem-se
E na eminência da luta
Com o outro corpo desconhecido
Hesitam um momento
Suspirando aos ouvidos
E sem terror é o corpo rival que se precipita
Abrindo o frigorifico
Retirando o leite
E voltando para a cozinha.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Once upon a time...
One day she looked into a crystal stream
And saw in its bed a diamond
She picked it up and placed it in her hair
As she did so she turned into a geese
It was then revealed that the other geese
She magically had understood
Were once human like her.
sábado, 9 de outubro de 2010
Galeria
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
E à noite, eu já não era homem sob o peso dos mortos
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
He said to me:


Shut the door, shut the door because I'm staying here.
The world might disappear under blankets of snow.
"Anne!"
There's a wonderful word that you will liken it to but it's caught in the back of your mind though.
Okay, and some will say "to you will go the world"
Shut the door because I disagree.
And Memnon sighs relief.
Some circles you can't leave.
TNP
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Je vois la vie en rouge.
“Saga, que saga
Quem paga as minhas dívidas?”
Pensava ele ouvindo Edith,
Cagando na sanita,
Riscando o jornal com os olhos.
A torneira da banheira deixava um rasto
De calcário amarelo na loiça branca.
Cheirava a podre,
Estava calor
E o suor da casa escorria pelas paredes de papel forradas.
Mais afastado deste quadro, num canto da cozinha suja
Passeava uma barata grande e gorda,
Dando um toque de beleza natural
Aquele quadro tão impecavelmente decadente.
“Edith, salva-me.” – Dizia ele para o espelho,
Preparando-se para fazer a barba.
À volta dos olhos as rugas,
As ramelas,
No canto da boca rude, um resto de saliva seca da noite.
“Aqui não cheira a rosas.” - Pensou.
E enquanto Edith cantava,
Facilmente com o fio da navalha
Se libertou um jacto fino de sangue.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Coco Prado
De manhã, sentas-te por breves momentos à mesa, na cozinha. Entornas o leite no chão. Abres a tua boca envolta de rugas e barba, a tua saliva é espessa, e o teu hálito é inevitavelmente matinal, sorves o leite com tanta pressa, fazes me ficar ansiosa, fazes me ficar nervosa.
Tremem-te as mãos. Estás atrasado para a apartação.
Não quero ir contigo, vamos embater contra qualquer verdade cruel e eu não sei se quero lutar contra a morte. Sinto-me cada vez mais inútil.
Tremem-te as mãos. Entregas-te às drogas. Ficamos aqui olhando o céu, até chover. Os cigarros que fumamos vão ficando molhados, e as chamas apagam-se. A terra à nossa volta transforma-se em lama.
Tu já te foste, partiste. O dia já passou e eu não vi nada, senão breu e trevas.
Vem buscar-me. Prefiro morrer contigo na pressa de ser fiel aos compromissos injustos do mundo, do que definhar na crueldade da indiferença.
Então pegas-me ao colo, como se eu voltasse a ser pequenina em teus braços, e como se tu voltasses a ser vigorosamente jovem. Eu escorro água, lágrimas e sangue. No meio de tanta dor, não me sinto.
Não sei o que aconteceu. Não sei onde estou. Não sei quem me leva. Não sei para onde me levam.
Dói-me o corpo, dói-me a cabeça, dói-me o coração. As minhas mãos estão fechadas. Caí e tu não me levantaste.
Esqueci-me que já não estás aqui. Só agora percebo que perdi o teu fim.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Friendly, friendly fight

domingo, 19 de setembro de 2010
Awake forever in a sweet unrest
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Mandrágora de Rúben
Aprendi, meu senhor, a ser o branco rancor das suas camisas, que leva sempre engomadas.
Aprendi, meu senhor, a ser o sal dos seus lençóis, quando de manhã parte e o calor do seu corpo sucumbe à arte do tempo.
Aprendi, meu senhor, a abandonar a sua beira, quando à mesa se senta para saborear o jantar.
Aprendi, meu senhor, a queimar a lenha que aquece a sua casa nas noites solitárias de Dezembro.
Aprendi, meu senhor, a remendar com minúcia os seus fatos, a engraxar os seus sapatos.
Aprendi, meu senhor, a ser em tudo sua, mas da sua boca não sai palavra de conforto, dos seus gestos graciosos não se formam carícias, nos meus seios não procura as delícias que lhe fariam viver os desejos esgotados na pele limpa da sua primeira mulher.
Aprendi, meu senhor, em tudo a ser fiel, em tudo a ser honesta, em tudo a amá-lo,
Mas aprendi que para si não há mais mulher senão Raquel.
domingo, 22 de agosto de 2010
Do you want to fall not ever knowing who took you?
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Azarius
Ele dança à tua volta
Faz te sorrir
Seguindo vigorosamente
Os ritmos psicotrópicos
E as luzes incandescentes
As suas mãos elásticas
Envolvem-te a cintura
E agarra-lo ardentemente
Com a tua língua
De sabor a vodka e baunilha.
Os vossos corpos flutuam
E já nem os vidros nos pés sentes
É tudo azul e lilás
O teu estômago audaz dá três voltas
E de repente
Chovem cristais dos teus olhos.
Vomitas a violência das palavras
E atinges certeiramente
O teu companheiro fiel
O teu ecstasy sagrado.
Num instante
A tua overdose de verdade
Mata toda a tua sanidade
E tu estás longe de encontrar a metadona.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Monólogo da Intima
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Time...

You go for a walk in the park 'cause you don't need anything
Your hand that you sometimes hold doesn't do anything
The face that you see in the door isn't standing there anymore.
The face that you saw in the door isn't looking at you anymore
The name that you call in its place isn't waiting for your embrace
The word that you learned to behold cannot hold you anymore.
In a matter of time it, would slip from my mind
In and out of my life, you would slip from my mind
In a matter of time.
More, you want more
More, you want more
More, you want more, you tell me
More, only time can know you.