quinta-feira, 28 de abril de 2011

Infinity




I felt the blank orbiting around me

Like poison deleting me.


I’m nothing now,

A vacuum in white,

A whisper lost in time.


Everything inside me went away,

Floating through my eyes,

And my ears,

And my mouth.


Old tears and memories came along,

Old songs echoed.


I feel like I’m losing myself again in the light,

My body runs over my mind

And I try to reach reality one last time.

quarta-feira, 13 de abril de 2011


Sometimes we close our eyes and breathe the ancient winds. We paint our bodies blue, climb to mountains high, screaming the names of our heroes.

Sometimes we get our faces so close and without blinking our eyes we try to catch each other memories.

Sometimes we take ourselves to nowhere, embracing future as chaos rearranges our hearts.

sábado, 2 de abril de 2011

Ficar

Valha-te o corpo sedento
E a destreza do ser
Que és
E que dá o que dás.

Valha-nos a misericórdia sublime
Das horas que passam vagarosas
Do destino que insiste
Cuspir-nos na cara.

A tempestade aproxima-se
E tu estás só.

As linhas traçadas
No chão, na terra infértil
Tornam-se cada vez mais difíceis
De decifrar.

Quem te mandou pôr o pé
Na boca do inocente?

Quem te mandou calar com beijos
O frágil desejo
Ateando um fogo em tudo incontrolável?

Quem te mandou tapar com o silêncio
A verdade
Que mais tarde será descoberta?

A tempestade aproxima-se
E tu estás à deriva.

Valha-te a estrela que te guia
Bem ou mal
De noite e de dia
Até ao abismo insolente
Do amor.

Valha-te as mãos gastas
De carícias
Que teimam em te agarrar
Por enquanto...

Enquanto tudo é belo
Enquanto tudo é tremendo
Enquanto a tempestade
Não cai.