quarta-feira, 9 de março de 2011

The spell of the drowsy drug.


Agarram-me os laços
As luzes néon inundam-me os olhos de lágrimas
O fumo dos cigarros perfuma o ar que eu sinto leve
Ao ritmo dos tambores deixo correr o meu sangue
Com movimentos graves sinto
Todos à minha volta
Num serpentear de invejas
De ódios
E eu sorrio no meio
Porque penso em ti.

Ele olha-me
Eu quero que ele me inunde a mente
Como tu fazes
Porque ele é quente,
Mas foge de mim
Nem sabe falar comigo
É distante
E não chega a tocar a tua essência.

Substitutos,
Não existem aqui
Tudo está viciado
Descontrolado
Jorram sangue nas ruas
Nas esquinas
Com as bocas cheias de espuma
A salivar de raiva
Jorram carícias
E infidelidades
Porque ninguém sabe amar.

Estão todos insatisfeitos,
E eu estou sedenta por te abraçar,
Por tocar a tua pele dourada
Beijar teus olhos azul cantábrico
Fazer-me tua,
E o tempo não chega,
As horas não passam,
A Primavera não vem.

Quero agarrar-me a mim
Não me deixar cair
Quero prender-me a ti
Não te deixar fugir
E muito menos deixar de sentir
Aqui dentro
A força do inatingível,
A força do inexplicável
Mundo novo que poderemos ser.

E se o tempo parar
Ao menos continuo aqui
No meio, dançando
Ao sabor da esperança
Desejando que num instante
O tempo avance
E te traga até mim.

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