E para quê querer-te se a tua face me queima a pele?
Cada palavra tua é como um pecado,
É uma mentira inigualável ao meu fardo pesado.
Todo o ódio que me tens me fascina.
Pensei não ser possível existir tal sentimento,
Tal sentido de injustiça perante o meu arrependimento.
Vale a pena falares comigo, tentares estar a meu lado
Se a única certeza que tens é que tudo seria mais fácil se eu não existisse?
Cais, e rasgas a tua própria garganta,
Não são preces o que cantas,
É a inércia a que te entregas que te corrói a mente.
Eu não tenho culpa,
Eu não te fiz nada,
Eu apenas existo e por isso sou crucificada.
Antes de te entender, antes de sequer pronunciar o teu nome
Já tu desejavas o sabor da morte,
Ansiavas por um cataclismo.
Sou eu sim,
Aqui estou,
Estarei,
Até que desças à terra e me leves contigo para o Nada.
Sem comentários:
Enviar um comentário