segunda-feira, 3 de novembro de 2008

J'aime toi, pardon...



Uma garrafa
Atirada para o deserto
Cheia de promessas e saliva
Uma garrafa
Partida, de estilhaços
Quebrando nossos antigos passos.

Silencia-se a lua
E todo este frio
Gela-te...
As tuas mãos estão feridas
A tua ébria decisão
Torna-se a cada dia
Mais e mais
Ardente.

E fico aqui sentada
Ofegante
Com uma dor no peito
De não mais poder
Levar-te no meu colo
De não mais poder
Ser teu berço.

Partes e em toda a parte
Sinto a tua presença
E em todas as pedras da calçada
Ouço a tua voz
Espero um dia encontrar-te
Sedento 
Desta mesma água
Desta mesma garrafa
Que ficou no meio do deserto
Esperando ser devorada,
Esperando desaparecer...

2 comentários:

Anónimo disse...

fuckazinafiucks

António Sengo disse...

clap clap clap


gostei muito.