domingo, 16 de novembro de 2008

Fim do eterno Cotidiano



Todo o dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
E sorri, um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo o dia ela diz que é para eu me cuidar
Essas coisas que diz toda a mulher
Diz que está me esperando para o jantar
E me beija com a boca de café.

Todo o dia eu só penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida para levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde como era de esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca para beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz para eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta para eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

C.B.

1 comentário:

Isis Galvão disse...

Salve Chico!

Inauguro minha leitura nesse teu espaço, Mirozita!

Um beijo.
Isis