domingo, 22 de agosto de 2010

Do you want to fall not ever knowing who took you?

Don't talk down to me. Don't be polite to me. Don't try to make me feel nice. Don't relax. I'll cut the smile off your face. You think I don't know what's going on. You think I'm afraid to react. The joke's on you. I'm biding my time, looking for the spot. You think no one can reach you, no one can have what you have. I've been planning while your playing. I've been saving while you're spending. The game is almost over so it's time you acknowledge me.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Azarius



Ele dança à tua volta


Faz te sorrir


Seguindo vigorosamente


Os ritmos psicotrópicos


E as luzes incandescentes


As suas mãos elásticas


Envolvem-te a cintura


E agarra-lo ardentemente


Com a tua língua


De sabor a vodka e baunilha.



Os vossos corpos flutuam


E já nem os vidros nos pés sentes


É tudo azul e lilás


O teu estômago audaz dá três voltas


E de repente


Chovem cristais dos teus olhos.



Vomitas a violência das palavras


E atinges certeiramente


O teu companheiro fiel


O teu ecstasy sagrado.



Num instante


A tua overdose de verdade


Mata toda a tua sanidade


E tu estás longe de encontrar a metadona.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Monólogo da Intima

Os meus olhos estão cada vez mais cansados, e ardem.
Tento manter-me acordada.
A viagem é sempre longa, quando quero chegar até ti.
Não tenho vontade de pousar os pés no chão, de andar, de me esforçar no martírio que são estas escadas malditas.

Mantenho-me intacta. "Não me partas, não me forces a entrar na tua vida."

Abandono-me, dispo-me.
Visto outra pele, e até o meu cheiro muda, e é disso que gostas.

Vagueio na noite, entre bordeis e prisões.
Estou cansada deste passo altivo que finjo ter, desta postura dura e direita, da máscara que colo à cara, para agradar.

"Raios te partam. "
Assustas-me, tenho medo de te encontrar no virar da esquina, e acima de tudo tenho medo de te encontrar dentro de mim.

Bebo e bebo até cair, até rebolar nas minhas próprias palavras. Até arranhar os joelhos, até esfolar a cara no chão.

Ah, quero me libertar deste corpo! Desta alma que me aprisiona!
Nem sequer quero ser apenas uma Ideia, não quero que ninguém me pense,
E muito menos quero que me olhem!
"Parem! Já chega!"
Eu não sou eu
E não quero ser!
Quero ser Nada!

Calei-me, por instantes,
Já não ouço a minha voz irritante.
Corro até à casa de banho, olho-me ao espelho.
Quem é esta pessoa que vejo?
Arranjo o cabelo, sem sucesso. Respiro fundo, averiguo o meu estado
O meu corpo repleto de merda.

Saio dali, porque tem de ser, porque aquilo não dura sempre.
E para meu mal, encontro-te no fundo do corredor
Às escuras, e choras.

"Não tenho paciência...", digo-te. Mas tu agarras-me o braço,
E violento roubas-me um abraço que não quero sentir.
Fico sem palavras, fico sem fôlego, fico sem medo, fico sem mim.

Na escuridão daquela casa vamos aos trambolhões,
Tropeçando aqui e ali,
Naquela tábua, naquele corpo.
Nem sei como terminou esta guerra, mas tudo está deserto
Cheira a morto.

Não sei para onde me levas, não tenho lar para onde voltar
Não tenho pais, nem irmãos que me queiram abraçar.
Vou, perdida.
Vou, resignada, porque és a minha única opção.

Depois,
Cuido de ti, dou-te banho,
Dou-te dinheiro,
Dou-te amor,
Porque me salvaste daquela batalha,
Porque me limpaste as feridas,
E me mostraste que não preciso de máscara para sobreviver,
Para ser bonita.

Tenho uma divida para contigo,
Que não sei como terminar de pagar,
Porque achas que já estou curada,
E deixaste de me levar pela mão,
Ou ao colo,
Deixei de poder abafar as minhas mágoas no teu peito.
Deixei de ser a concubina eleita.
Deixei de ser eu.

Finalmente, tenho aquilo que quero,
Um corpo sincero onde cravar novas marcas.
Então num acto de sacrilégio entrego-me a ti.
E matas-me.

Um golpe aqui,
Um golpe ali,
Para não doer tanto.
Não há dor, és o que quero
És a morte que eu desejo.
E lenta, suave e delicadamente
Sou sangue e leite e mel
E suor e lágrimas.
E matas-me.

Matas-me.

Morri.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Time...




You go for a walk in the park 'cause you don't need anything

Your hand that you sometimes hold doesn't do anything

The face that you see in the door isn't standing there anymore.


The face that you saw in the door isn't looking at you anymore

The name that you call in its place isn't waiting for your embrace

The word that you learned to behold cannot hold you anymore.


In a matter of time it, would slip from my mind

In and out of my life, you would slip from my mind

In a matter of time.


More, you want more

More, you want more

More, you want more, you tell me

More, only time can know you.


B.H.