Se abandonarmos o mundo hoje
Voltarmos costas a tudo e todos
O que restará?
Em segredo vivemos vidas paralelas
E vemos a nossa terrível hipocrisia
Voltar-se contras nós.
Ao longe ouvimos alguém
Escavando um buraco tão fundo
Para esconder o seu próprio corpo.
Há que camuflar almas
E fingir que nada se pode fazer para salvar nossa pele
Que pele imunda de desejos.
Cada vez que nos sentamos nessa cadeira
Olhando o terrível espectro lá fora
Somos pequenos, ínfimos.
Somos nada.
Já fomos.
Já abandonámos nossa pele imunda.
Já abandonámos nossa alma.
O que resta?
Nada...
1 comentário:
Somos nada depois de mortos.
Nada fica.
Se pensarmos, nada somos.
Se pensarmos em viver, somos.
Somos enquanto vivos.
Que passa a nada depois de mortos.
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