Ao limiar do acreditar
E percebo agora:
"o Homem é um porco",
Tens razão.
Lembrei-me agora de recordar
Que posso dizer não
Que posso escolher o nada
Ficar sentada,
Sem tomar qualquer posição.
Como a Joaninha dos olhos verdes, no alpendre
A ver passar os "Carlos" da sua infância,
Verde esperança de próspero futuro.
Mas Joana, o Carlos é um porco,
E o porco vai mas é para a guerra.
A Guerra, esse caos infeliz
De sangue e carne e metal
A Guerra esse prazer obscuro
De "la petite mort"
De sangue e carne e leite.
Joana, quando pensas na traição que cometes
És o mais puro dos seres,
Ele já antes traíra a tua confiança
Enchendo a pança de outras mulheres.
Não te canses de dizer, cara Joana:
O Homem é um porco, e o porco vai mas é para a matança!