Se das minhas mãos carícias brotassem
Se dos meus braços viesse o aconchego
Eu estaria contigo.
E se da minha pele surgisse o suor do trabalho justo
E dos meus pés o pó cansado da terra
E do meu rosto as rugas breves do esforço
Eu estaria contigo.
Mas de meus olhos não caem lágrimas,
O meu peito não produz qualquer som,
As minhas pernas estão cansadas,
As minhas visceras gastas,
Então estou só.
Morro lentamente
A cada segundo que passa,
Flutuo para sempre em memórias
De tempos férteis em inocência,
E vislumbro o céu azul
Onde de noite revejo as estrelas
Que fizemos nascer.
(Inspirado pela música Piscina Cósmica de Guilherme Canhão.)